quinta-feira, 9 de abril de 2009

Walter Gropius

Walter Gropius (1883-1969) Filho de um arquitecto e estudou na Universidade Técnica de Munique. Entrou no escritório de Peter Behrens em 1910 e três anos mais tarde estabeleceu uma prática com Adolph Meyer.
Após servir na guerra, Gropius envolveu-se com vários grupos radicais de artistas que nasceram em Berlim em 1918. Em Março de 1919, foi eleito presidente do Grupo de Trabalho do Conselho de Arte e um mês mais tarde foi nomeado director da Bauhaus. Antes de fundar a Escola Bauhaus, foi membro do Werkbund, ainda a viver a disputa entre os que seguiam a tendência industrial de Muthesius e aqueles que resistiam na tendência artesanal do belga Henry van de Velde. Gropius conciliou o melhor destas tendências com esse programa que foi o Manifesto da Bauhaus. Esta escola foi o maior centro do modernismo e do funcionalismo.

Nos anos da crise pós-guerra, na República de Weimar, Walter Gropius é nomeado director da antiga escola de van der Velde e reuniu as escolas de Belas-Artes e a das Artes Aplicadas. Em 1919, a Bauhaus abre as suas portas na cidade de Weimar. Esta escola estatal assenta nos conceitos do Werkbund. O arquitecto Walter Gropius é apontado para dirigir a nova «Schule für Gestaltung».

Gropius via na experimentação artesanal e artística os instrumentos de pesquisa, ensino e aprendizagem ideais para criar o design dirigido para a produção em série. As tecnologias industriais para a produção em massa efectivariam uma «democratização» do design. Já em Dessau, Gropius foi encarregado de projectos de urbanização.

Em 1928, Gropius abandona a Bauhaus; na direcção sucede-lhe o arquitecto suíço Hannes Meyer. O Funcionalismo é estabelecido como ideologia-mestre. Quando Gropius anunciou a sua demissão, em Janeiro- Fevereiro de 1928, a escola — após um ano no edifício novo — estava no auge da sua fama e gozava de renome internacional. A sua decisão inesperada causou surpresa tanto entre os estudantes como entre os mestres. Uma Bauhaus sem Gropius parecia impensável. Como explicação, Gropius justificou que a Bauhaus gozava agora de segurança e que ele queria dedicar mais tempo à Arquitectura.

Foram criados uma série de problemas internos fundamentais nos anos de Dessau, mas que precisavam de ser resolvidos se a Bauhaus quisesse continuar a desenvolver-se com sucesso. Hannes Meyer, que Gropius propôs para seu sucessor, tinha agora de encontrar uma solução.

Nos Estados Unidos. A partir de 1937, Walter Gropius passa a leccionar na Universidade de Harvard e no ano seguinte torna-se director do Departamento de Arquitectura da Universidade. Nos Estados Unidos começa a desenhar arranha-céus, criando uma tipologia arquitectónica que será exaustivamente copiada nas décadas seguintes. Em alguns projectos associa-se a Marcel Breuer, ex-aluno da primeira geração da Bauhaus. Com este, projeta um bairro operário em New Kessington, próximo de Pittsburgh.

De 1938 a 1941, trabalhou numa série de casas com Marcel Breuer e em 1945 fundou "O Colaborativismo dos Arquitectos", um desenho de equipa que encarna a sua crença no valor de um trabalho de equipa. Gropius criou inovadores desenhos que utilizam materiais e métodos de construção da tecnologia moderna. A defesa da construção industrializada levadas a cabo por ele acarretam uma crença no trabalho em equipa e uma aceitação da normalização e pré-fabricação. Usando a tecnologia como base, transformou a construção de edifícios numa ciência exacta de cálculos matemáticos. Foi um importante teórico e professor.

Gropius introduziu um novo sistema de construção de paredes pela utilização de estruturas em aço que permitiam apoiar os andares e criando assim a construção de grandes superfícies envidraçadas sem interrupção. Gropius defendia a padronização como uma função da sociedade humana, desejo de reproduzir uma boa forma standard. Mesmo sociedades pré-industriais aceitavam naturalmente a repetição de formas standard como resultado de uma fusão do melhor. Contudo, o conceito standard deve ser tomado como um título cultural honroso e chama a atenção que nem todos os produtos industriais podem ser elevados à categoria de produto standard. Gropius afirmava que a padronização e a pré-fabricação não eram provocadoras de casas como produtos estereotipados.

O mercado competitivo encarregar-se-ia de criar uma variedade de peças pré-fabricadas, assim, como os demais artigos de consumo produzidos industrialmente. No entanto, ressaltava a necessidade de uma constante revisão e renovação das formas padronizadas, para que não se tornassem ultrapassadas.

Gropius morreu em Boston, Massa-chusetts, em 1969.








2 comentários:

  1. Sugiro aos administradores do blog maior pesquisa e cuidado ao lançar conteúdo e imagem sobre determinado assunto... A primeira imagem mostrada(bule) não foi projetada por Walter Gropius e sim por Marianne Brandt e a cadeira logo abaixo foi projetada por Marcel Breur, e não é porque os dois foram alunos da Bauhaus que pose-se atribuir seus projetos ao Gropius.

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    1. Isso só mostra o tamanho do despreparo de nossos arquitetos e designers...

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